Após a reunião mensal realizada nessa quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, decidiu elevar a Taxa Básica de Juros (Selic) para 15% ao ano.
A decisão, com objetivo de controlar a inflação, impacta diretamente nas operações financeiras, inclusive, nos investimentos.
O que é a Selic:
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, usada como referência para todas as demais taxas — desde financiamentos e empréstimos até os rendimentos de aplicações financeiras.
Todos os meses, o Banco Central realiza uma reunião e com base nos fatores economicos daquele momento, decide qual será o valor da taxa.
Aumentar a Selic diminui a inflação?
Como mencionado anteriormente, a Selic é a principal ferramenta para controlar a inflação. Como essa taxa é usada como referência para empréstimos e investimentos, sempre que ela aumenta, desacelera a busca por obtenção de crédito e aumenta a procura por investimentos em renda fixa.
Desse modo, diminui a circulação de dinheiro e em teoria, diminui o preço de produtos e serviços.
Dólar
No geral, a cotação do dolar é definida pela oferta e demanda. Ou seja, quanto mais pessoas comprando dólar, maior será o seu valor.
No entanto, quando a Selic está alta, o rendimento de investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos. Assim, mais pessoas optam por deixar o dinheiro rendendo aqui no Brasil.
Investidores estrangeiros também acabam sendo atraídos por esses altos rendimentos, aumentando a busca pelo real e com isso, diminuindo o preço do dólar.
Onde investir
Com a taxa de juros alta, uma das melhores opções de investimento é a renda fixa. Esse tipo de aplicação, realizado diretamente em Títulos Públicos e Privados, garantem uma rentabilidade mensal e de baixo risco.
O Tesouro Selic por exemplo, atinge uma rentabilidade bruta de 15% ao ano. Ou seja, cerca de 1.25 ao mês.
Se você investir R$ 100.000,00 (cem mil) terá um retorno bruto de aproximadamente R$ 1.250,00 ao mês.
CDBs, LCIs e LCAs pós-fixados:
Além do Tesouro Selic, você também pode investir em CDBs que pagam 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
O CDI constuma render um pouco menos que a Selic. No entanto, alguns bancos pequenos pagam 110% a 120% do CDI, o que pode passar de 16% a.a. brutos
Um detalhe importante, é investimentos em títulos públicos sofrem tributação de 22,5% sobre o lucro obtido em aplicações de até 180 dias, de 20% em aplicações de 181 a 360 dias, de 17,5% em aplicações de 361 a 720 dias e de 15% em aplicações acima de 720 dias.
A partir de 1º de janeiro de 2026, o IR será cobrado com uma alíquota única de 17,5% sobre os rendimentos do CDI, independente do prazo da aplicação.
Tributação das LCIs e LCAs
Já as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), hoje isentas do Imposto de Renda, também passarão a ser tributadas em 2026.
O Governo passará a cobrar uma alíquota de 5% sobre os rendimentos desses títulos.