A Marcopolo é hoje, uma das maiores fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo. Com sede em Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, a empresa foi fundada em 1949 pelo empresário Paulo Bellini.
História da Marcopolo

A empresa nasceu com o nome de Nicola & Cia. Ltda., com oito sócios e quinze funcionários, e foi uma das primeiras indústrias brasileiras a fabricar carrocerias para ônibus, que inicialmente eram de madeira.
Nesse período, o Brasil passava por um intenso período de êxodo rural e consequentemente o crescimento das cidades, gerando desafios de infraestrutura e transporte.
Com o objetivo de coordenar investimentos públicos e privados em áreas cruciais, o Governo Federal implementou o Plano SALTE, que acelerou o processo de industrialização brasileiro.
Uma grande demanda por veículos de transporte de passageiros e uma economica aquecida, fez com que em pouco tempo, a Nicola & Cia. Ltda. ganhasse notoriedade nacional.
Em 1953, a empresa começou a produzir carrocerias de estrutura metálica e em 1971, mudou seu nome para Marcopolo S.A. Carrocerias e Ônibus.

Além do período fértil para o crescimento de indústrias da época, a Marcopolo sempre se diferenciou das demais empresas, buscando constantemente por inovações e processos que aumentassem a eficiência na fabricação de seus produtos.

Ações da Marcopolo
A Marcopolo entrou na Bolsa de Valores em 1978, mais especificamente no dia 24 de abril, quando as ações da empresa, com o código POMO3 e POMO4, começaram a ser negociadas na Bovespa (hoje B3).

A principal diferença entre POMO3 (ações ordinárias) e POMO4 (ações preferenciais) da Marcopolo está nos direitos que conferem aos seus titulares. As ações POMO3 dão direito a voto em assembleias, permitindo que os acionistas influenciem as decisões da empresa, enquanto as ações POMO4, embora não deem direito a voto, têm preferência na distribuição de dividendos.
Valoriação nos últimos anos
Nos últimos 2 anos (25/06/23 – 25/06/25), as ações POMO4 tiveram uma valorização de 126%. Já nos últimos 12 meses, a valorização do ativo foi de 25,86%.

Além disso, no mesmo período, a empresa pagou o equivalente a R$ 1,145 em dividendos e Juros sobre capital próprio.
Se considerarmos o valor das ações há 2 anos, cerca de R$ 3,38, o redimento dos cotistas, apenas com os proventos, seria equivalente a 34%. Com isso, o ganho com valorizão das ações e dividendos, seria de 159,97% nesse período.
Atualmente, o DY (Dividendos nos últimos 12 meses em relação ao valor por ação) está em 7,51%.
- P/L (Preço/Lucro) está em aproximadamente 6–7×, bem abaixo da média histórica de ~10×, sinalizando potencial de valorização .
- P/VPA (Preço/Valor Patrimonial) gira em torno de 2× .
- EV/EBITDA ≈ 6×, EV/FCF ≈ 11× — indicadores de valuation razoavelmente atrativos
- Margem líquida de cerca de 13% .
- ROE (Retorno sobre patrimônio): entre 28–32% — excelente, mostra boa eficiência .
- Dívida/Patrimônio em ~0,75‑0,80× — dívida controlada .
- Liquidez corrente em ~1,7–1,8× — sinal de solidez operacional .
- Payout (percentual do lucro distribuído): historicamente entre 40–55%, ou seja, mantém equilíbrio entre reinvestimento e retorno a acionistas .